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União Bancária – relatório anual de 2020 (A9-0256/2021 – Danuta Maria Hübner)

 A União Bancária, em 2020, enfrentou uma crise sem precedentes, mas mostrou-se mais forte e mais resiliente que há uma década atrás. Os pilares da supervisão e da resolução mostraram-se preparados para garantir a estabilidade financeira do setor bancário. E isso foi essencial para enfrentarmos a crise com maior confiança.
Infelizmente, conforme refere o relatório, há um terceiro pilar que continua incompleto: o Sistema Europeu de Seguro de Depósitos. Se há algo que aprendemos com esta crise é que a interdependência e a solidariedade não são apenas palavras para adornar discursos. Arrastar este processo e deixar os depositantes mais ou menos protegidos conforme o país em que têm os seus rendimentos e poupanças não é justificável.
Destaco a referência às moratórias de reembolso de créditos. Esta medida foi importante para proteger os cidadãos face a uma crise inesperada. Agora, em alguns Estados-Membros, o nível de créditos é significativo. Em Portugal, por exemplo, o valor das moratórias ultrapassa os 36 mil milhões de euros. E se é verdade que a prioridade é a proteção das famílias e das empresas, não é menos verdade que temos de olhar para a dimensão do crédito malparado, que continua estruturalmente elevado em muitos países.