Esta Lei Europeia do Clima é um compromisso europeu, um compromisso de um continente inteiro (a primeira lei climática deste tipo no mundo) de cuidar do planeta e de combater as alterações climáticas, cujo impacto já se faz sentir, em particular nos fenómenos climáticos extremos como incêndios florestais, cheias, secas prolongadas, degelo do Ártico, etc.
Portugal, por exemplo, está no topo dos países mais afetados pelas alterações climáticas, com mais de metade do território em risco de desertificação até 2050 (dados do Tribunal de Contas Europeu), com tudo o que isso implica em termos de agricultura, biodiversidade e qualidade de vida das populações.
Esta é também uma oportunidade para conjugarmos estas preocupações com um estilo de vida mais sustentável, alterando os perfis das nossas empresas, do nosso emprego e modernizando a economia. Entre o radicalismo do negacionismo das alterações climáticas e o radicalismo da destruição do capitalismo e da economia social de mercado que vingou na Europa nas últimas décadas há uma via de compromisso, de crescimento verde, de criação de riqueza em respeito pelo meio ambiente.
Voto favoravelmente este relatório
(A9-0162/2020)