Últimas
Top

Lídia Pereira questiona a Comissão Europeia sobre risco de incumprimento do Governo português das metas nas renováveis

A eurodeputada social-democrata Lídia Pereira questionou hoje a Comissão Europeia sobre o risco de incumprimento pelo Governo português das metas das energias renováveis europeias, mostrando-se preocupada com o abrandamento do investimento público para a transição energética no país.

A questão endereçada pela eurodeputada portuguesa ao executivo comunitário reporta-se ao risco de incumprimento por parte de Portugal das metas fixadas a nível europeu para as energias renováveis, identificado pelo Tribunal de Contas Europeu no relatório especial “Energias eólica e solar para a produção de eletricidade: é necessário tomar medidas significativas para cumprir as metas da UE”, publicado em 06 de junho.

Aquele documento indica que a União Europeia tem de tomar medidas significativas para produzir mais eletricidade a partir das energias eólica e solar e assim cumprir as suas metas de energias renováveis e, referindo-se especificamente a Portugal, que o país terá de aumentar “entre 2 e 4 pontos percentuais” a quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final bruto de energia para cumprir o objetivo de 20% fixado a nível comunitário para 2020.

Lídia Pereira começa por perguntar ao executivo comunitário se confirma os valores apresentados pelo relatório do Tribunal de Contas Europeu e prossegue com outra questão: “Estando Portugal em divergência com o necessário e em risco de incumprimento das metas, que iniciativas perspetiva a Comissão Europeia tomar para a correção dessas divergências?”.

Na nota enviada às redações, a eurodeputada do PSD mostra-se preocupada com o abrandamento do investimento público para a transição energética de Portugal e alerta para o facto de o país precisar de um aumento de 2,9% na produção de energias renováveis “para não falhar as metas” de Bruxelas.

Lídia Pereira recorda ainda que Parlamento Europeu aprovou “por uma larga maioria”, em novembro passado, a nova Diretiva das Energias Renováveis, que estabelece uma meta de 32% de energia proveniente de fontes renováveis até 2030, o que demonstra “o largo consenso” e a importância deste tema para a assembleia europeia.

As alterações climáticas, tema no qual se inserem as energias renováveis, foram um dos principais tópicos da campanha das eleições europeias de maio, com vários grupos políticas a fazerem desta uma prioridade para o próximo executivo comunitário, que será liderado pela alemã Ursula Von der Leyen.

A presidente eleita estabeleceu o combate às alterações climáticas como um dos eixos fundamentais do seu mandato, que terá início em 01 de novembro, propondo mesmo apresentar um “acordo verde” para a Europa nos primeiros 100 dias no cargo.

 

Fonte: Lusa