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Lídia Pereira chegou tarde à política mas é número dois do PSD nas europeias

Tem 27 anos e é, desde o ano passado, a primeira portuguesa a liderar a maior organização política de juventude na Europa. Foi escolhida por Rio para ser a número dois na lista do PSD, atrás de Paulo Rangel.

Rui Rio anunciou, através das redes sociais, ter escolhido Lídia Pereira, a líder da Juventude do Partido Popular Europeu para nº 2 da lista do PSD às eleições para o Parlamento Europeu (PE).

As eleições europeias estão marcadas para 26 de maio deste ano e o PSD tem como cabeça de lista o eurodeputado Paulo Rangel.

“O futuro passa pelos jovens”, escreveu o presidente do PSD na mensagem publicada no Twitter.

Lídia Pereira, 27 anos, é economista e foi eleita em novembro passado líder da juventude do PPE, onde já exercia funções como vice-presidente. Vive em Bruxelas e foi em Coimbra que entrou para a JSD, onde teve vários cargos. É mestre em estudos económicos europeus pelo Colégio da Europa, de Bruges, e consultora sénior na Deloitte, depois de ter passado pela Ernest&Young e pelo Banco Europeu de Investimento.

A conimbricense mereceu rasgados elogios da líder da JSD, Margarida Balseiro Lopes, quando anunciou a candidatura à presidência da Juventude do Partido Popular Europeu (YEPP), a maior organização política da juventude da Europa. “Os portugueses estão mesmo a conquistar o mundo”, frisou.

“Esta candidatura é muito importante porque nunca conseguimos almejar uma posição tão prestigiada nesta organização”, garantia então a deputada social-democrata. O lugar mais destacado de portugueses no YEPP tinha sido uma vice-presidência, ocupada pelo antigo líder da JSD e deputado do PSD Duarte Marques.

Em entrevita ao DN publicada no passado mês de novembro, depois de ser eleita, Lídia Pereira não descartava ser uma líder europeia. “Todos os meus passos não foram acidentais, mas foram sempre muito ponderados. Não sei onde o meu futuro me vai levar. Farei tudo para dar o meu melhor. Esse é o meu objetivo principal. E não desapontar ninguém que em mim confiou. Mas é evidente que as oportunidades estão aí e se houver uma boa oportunidade…”, dizia.

Natural de Coimbra, só depois de entrar para a faculdade escolheu filiar-se num partido político. Entrou na JSD depois dos 20, “desinteressadamente”. “Fui dando um passo a seguir ao outro – sou muito cautelosa, faço sempre a avaliação de todos os prós e contras e os cenários em cada um deles”. E acresentava na entrevista ao DN: “Entrei quando achei que tinha de entrar, agora, já participava bastante civicamente”, frisou. “Na faculdade fui membro do Senado da Universidade, portanto representava a Faculdade de Economia na Universidade de Coimbra, estava na cúria dos estudantes de Economia. Nos sítios por onde passo gosto de deixar qualquer coisa, deixar um legado, acho que até agora tenho conseguido e isso dá-me gás para continuar”.

Fonte: Diário de Notícias