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Resposta europeia à pandemia

Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,

Estamos a escrever páginas dos livros de história pelos quais os nossos netos estudarão.
Nesta hora de decisão, em que o velho continente parece mais frágil, entre solidariedade e nacionalismo, qual é o nosso legado?

A União, ou a divisão? A máquina burocrática ou a esperança?

Queremos uma Europa do Norte, ou do Sul? Um Clube dos Bálticos, uma associação dos latinos, uma federação dos eslavos? Não!

Perante problemas verdadeiramente globais, problemas partilhados como este vírus que não esbarra nem se detém em fronteiras, refugiados às nossas portas a sobreviver em condições humilhantes, os Estados Unidos a porem em causa as relações com as quais sempre contamos, ou porque não dizê-lo, a ameaça económica chinesa sobre as nossas empresas, não nos conseguimos unir?

Num mundo em que a maior certeza que temos, é a incerteza do futuro, o melhor que temos para oferecer aos nossos cidadãos é a nossa própria divisão?
Se, como nos lembrou o papa Francisco, estamos todos no mesmo barco, então cada um cortar uma tábua e achar que se salva é fraca ilusão. Cada um por si, somos frágeis, como um ramo de árvore quebradiço, mas unidos possuímos a confiança e a força para enfrentar o futuro.

A Europa é liberdade, a Europa é democracia. A Europa é o melhor sítio do mundo para se viver. Apoiemos quem mais precisa neste momento difícil: os jovens, os desempregados, os idosos, quem luta
para manter a sua empresa viva.

Que se industrialize e se distribua a esperança.

Não permitamos que a Europa seja mais uma vítima às mãos desta pandemia.