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Eurodeputada Lídia Pereira vai propor transformar PE em universidade

A eurodeputada social-democrata Lídia Pereira vai propor que a sede do Parlamento Europeu (PE) em Estrasburgo seja transformada numa universidade focada na digitalização, admitindo que a proposta será polémica mas que “os tempos de mudança” o impõem.

O Parlamento Europeu (PE) funciona em três locais — Estrasburgo (plenário), Bruxelas (comissões) e Luxemburgo (secretariado).

Estrasburgo, no nordeste de França, é um símbolo da reconciliação entre a França e a Alemanha, mas a presença do PE na cidade tem sido questionada pelos custos que envolve.

“Estamos a atravessar um período de disrupção, de grande aposta no digital, e o Parlamento de Estrasburgo é muito criticado, com muitas pessoas e muitos países a defenderem a solução de um ‘single seat’, portanto, do parlamento com base em Bruxelas”, explicou à imprensa a mais jovem eurodeputada portuguesa em funções, à margem de um debate em Lisboa.

“Ninguém quer esquecer o peso histórico que Estrasburgo tem em todo o projeto europeu, mas a proposta é converter o Parlamento em Estrasburgo numa universidade europeia focada nas novas tecnologias, sobretudo na digitalização, porque não podemos ter uma China que representa dois terços do investimento global em automação e uma Europa, com muitos recursos e com grande capacidade, com uma resposta menos estruturada”, justificou.

A eurodeputada admite que esta “vai ser uma proposta polémica”, e está aberta “a alternativas” como a instalação no local de “uma agência relacionada com as questões da defesa” que venha a ser criada, mas frisa que “os tempos são de mudança” e que importa “dar um futuro promissor aos jovens” através da educação.

Lídia Pereira, 27 anos, participou hoje num debate sobre o futuro da Europa organizado pela embaixada da Finlândia, país que exerce a presidência rotativa da União Europeia (UE) neste semestre, em colaboração com a representação da Comissão Europeia em Portugal.

A eurodeputada, que destacou na campanha a luta contra as alterações climáticas, defendeu neste âmbito a criação de “um grupo interpartidário” que assegure a ligação entre as várias comissões parlamentares — “porque a questão do ambiente tem impacto em várias áreas, do orçamento à economia, passando pela agricultura” — para “uma comunicação estruturada” que faça depois a ligação aos parlamentos nacionais, “para podermos ter uma resposta mais global para a questão do ambiente”.

 

Fonte: Notícias de Coimbra